sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

E arriscar, é arriscado?



Pérsefone andava cansada de ser Coé, a filhinha da mamãe, sempre às turras com os desmandos da mãe. Belo dia, resolveu sair em passear, com suas amigas para colher flores e falar do seu sentimento oculto por Hermes, o seu sedutor amigo.

A deusa tinha um certo desejo pelo impossível, pelo ainda não descortinado, pelo mundo que não a deixaram ver. No fundo do seu âmago, sabia que existiam muitas outras coisas do que lhe ensinaram a ver. Apenas o possível lhe era permitido, aquilo que uma "jovem de família divina" pode fazer: acompanhar os pais, colher flores, ver pretendentes que a mãe lhe escolhia.

Mas e o que ainda não viu? A terra, as águas, o submundo... Esse último não, "não é lugar para jovens moças" diz a mãe. Mas, se for exatamente isso que ela quer? Ver o submundo das coisas?

Perséfone sabe que a mãe não quer que viva, Os deuses, Hermes, Ares, Apolo e Dioniso todos cortejaram-na. Mas a mãe rejeitou todos os seus dons e escondeu a filha longe da companhia dos deuses. E se ela quiser uma coisa diferente? Ser como as irmãs Atenas ou Ártemis, nunca se casar? A ela, nunca é dada a chance de escolha, não sabe o motivo.

Fora, fora do ar

tirei o Blog do ar por exato um ano. Mas, resolvi voltar a deixá-lo público. Aqui tem um pedaço da minha vida, que passou. Ainda tenho postagens que nunca foram publicadas. Espero um dia que parte deste blog vire livro.