quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A máscara da hipocrisia

"Did you exchange a walk on part in the war  for a lead role in a cage?"

"Você trocou uma pequena participação na guerra, por um papel principal numa cela?" Wish You Were Here -  Pink Floyd


Hoje eu vou falar de hipocrisia. E o que faz de alguém um hipócrita? Quando se pretende ou finge ser o que não é. Hipócrita é uma transcrição do vocábulo grego "hypochrités". Os atores gregos usavam máscaras de acordo com o papel que representavam numa peça teatral. É daí que o termo hipócrita designa alguém que oculta a realidade atrás de uma máscara de aparência. 
A sociedade brasileira me constrange. Fico constrangida porque as "pessoas" colocam o ter acima do ser. 
Me constrange o fato de que a posição social é um alvejante étnico pois, a pessoa negra passa a ser branca de uma hora para outra se ficar rica. 
Fico constrangida porque existem muitos "pseudo-intelectuais" que leem besteiras e arrotam teorias baratas, falam de teóricos que se vivos estivessem , renegariam o que dizem sobre eles. 
Me constrange o fato de que  muitos sábios de verdade sequer sabem ler e escrever.
Fico constrangida quando dizem que a motivação é exterior ao ser humano e fico observando gerentes  que desconhecem princípios básicos de gestão de pessoas.
Fico pasma quando alguém julga a outra por um contato tirando conclusões baratas e infantis a respeito de sua vida, sua maturidade e sua segurança. 

O maior constrangimento de todos é o fato de que nos acostumamos. E repetimos o discurso. Vestimos a máscara da hipocrisia para sermos socialmente encaixados. 







quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

A caixa de Pandora e a criação da primeira mulher


O NASCIMENTO DA PRIMEIRA MULHER 


Assim como Eva foi a perdição da humanidade na cultura judaico-cristã, na cultura greco romana não foi diferente. Pandora foi a primeira mulher, criado a mando de Zeus para punir os homens pela ousadia de Promoteu em roubar o fogo e entrega-lo aos homens. Ela foi uma criação de vários deuses, cada um participou com uma característica. Hefesto modelou sua forma na argila, Afrodite lhe concedeu a beleza, Apolo com o talento musical, Deméter lhe ensinou sobre colheita, Atena concedeu a Pandora a habilidade manual, Hermes lhe ensinou o dom da persuasão, Poseidon lhe presenteou com um colar de pérolas e a habilidade de não se afogar. Foi Zeus quem deu o toque final, e enviou Pandora a Terra, e a entregou Epimeteu, irmão de Prometeu, como um presente.

Prometeu havia recomendado ao irmão que não recebesse nada dos deuses, pois sabia que estes poderiam ser traiçoeiros, ainda mais depois de ter dados aos homens o fogo. Mas Pandora era dona de uma beleza incrível e Epimeteu, não pode resistir ao tal e aceitou o presente.

DA CAIXA E DOS MALES

Epimeteu mantinha em seu poder uma caixa, que havia sido dada pelos deuses anteriormente. Ora, conta a lenda que dentro desta caixa, continham todos os males, e que jamais deveria ser aberta pois, se aberta todos os males escapariam e trariam ao mundo sofrimento e desolação. Epimeteu avisou sua mulher de que jamais tocasse na caixa.

Porém a curiosidade de esposa não a impediu de abrir a caixa, em um dia depois de ter amado o marido, ele caiu em um sono profundo. Pandora se dirigiu até a caixa e a abriu, espalhando sobre os homens todos os terríveis males que haviam sido contidos na caixa, tais como mentiras, velhice, doenças, pragas, vícios etc. Sobrando dentro da caixa apena a esperança. Desde então a humanidade vem sofrendo com todos estes males sem que seja possível erradica-los.

AS INTERPRETAÇÕES.

Filosoficamente existem duas formas de interpretar o mito da caixa de Pandora.

A. Após todos os males terem sido liberados sobre a terra, teria a restado somente a esperança, que neste contexto pode ser colocada como o maior de todos os males, pois mesmo sofrendo o homem ainda teria esperança de dias melhores, o que só iria contribuir com o aumento de sua dor.

B. Que se a esperança tivesse saído da caixa, não restaria mais nada a humanidade a não ser o seu calvário até o fim. Mas a controversa seria o que a esperança, sendo interpretada como algo bom, estaria fazendo lacrada juntamente com todos os males?
Dai, surgem frases populares do tipo a esperança é a ultima que morre.

De qualquer forma, todas as duas são válidas, depende de cada um, de cada cultura e, principalmente, do que você quer acreditar.

Fonte: osdozeolimpianos

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Viver não dói - Canção por Emílio Moura


CANÇÃO

Viver não dói. O que dói
é a vida que se não vive.
Tanto mais bela sonhada,
quanto mais triste perdida.

Viver não dói. O que dói
é o tempo, essa força onírica
em que se criam os mitos
que o próprio tempo devora.

Viver não dói. O que dói
é essa estranha lucidez,
misto de fome e de sede
com que tudo devoramos.

Viver não dói. O que dói,
ferindo fundo, ferindo,
é a distância infinita
entre a vida que se pensa
e o pensamento vivido.

Que tudo o mais é perdido.


Emílio Moura

sábado, 19 de janeiro de 2013

ARQUÉTIPO ATENA (MINERVA)


Que deusa é você?

Deusa da sabedoria e da civilização, ela tem como principal objetivo a realização profissional. Possivelmente se envolve com educação, justiça, cultura e, algumas vezes, até com política.

A mulher Atena é muito ligada ao seu lado racional, sempre está bem arrumada e informada sobre as últimas tendências de moda. Mas dificilmente consegue tirar um tempinho para cuidar do corpo, já que a mente vem sempre em primeiro lugar.
Ela costuma estar rodeada de pessoas e é muito admirada. No amor, dá preferência a papos inteligentes, mas a princípio costuma ter dificuldades em libertar o corpo para vivenciar uma paixão.


“Canto aqui Palas Atena, deusa célebre de olhos radiantes, mente ágil e coração inflexível, virgem casta e poderosa, protetora da cidade, Tritogenéia. Zeus, ele mesmo, em sua sabedoria fê-la nascer de sua santa cabeça, e ei-la já ataviada em armadura de guerra, reluzindo a ouro, enquanto todos os imortais, reverentes e aterrorizados, contemplavam-na. Saltou logo da cabeça imortal em frente ao Zeus porta-égide, brandindo sua afiada lança. E o sublime Olimpo estremeceu terrivelmente diante do poderio da deusa dos olhos radiantes. E as terras ao redor soltaram um gemido de pavor enquanto as ondas negras das profundezas fervilhavam. Mas, subitamente, o mar serenou; o glorioso filho de Hipérion fez estacar seus cavalos céleres e a donzela Palas retirou a armadura divina de seus ombros imortais. Zeus, em suasabedoria, rejubilava-se. Salve, ó filha de Zeus, o porta-égide! Eu me lembrarei de ti, e também de outro cântico”.

Hino homérico a Atena (da tradução de Lang)




Atena é o nome que damos a um dos aspectos da natureza feminina, a uma de suas múltiplas possibilidades de ser, fazer, pensar e sentir. Atena é um arquétipo, ou seja um padrão energético que repousa no inconsciente coletivo e que pode ser despertado enriquecendo nossas vidas. O trecho acima é uma descrição do nascimento da deusa Atena, tem quase três mil anos, mas é ainda capaz de fazer vibrar os corações e transmitir adequadamente a força que Atena detém.

A deusa Atena, o arquétipo da mulher guerreira, culta e intrépida permaneceu abafado e calado durante muitos séculos de história, só despertando com o surgimento do feminismo que proporcionou às mulheres a abertura de novos horizontes. Até então sua vida se restringia à casa, aos filhos e ao marido. Dimensões que nada ou quase nada têm a ver com Atena. As poucas mulheres-Atenas que se sobressaíram ao longo dos tempos foram mulheres extraordinárias, promotoras culturais e escritoras.

Hoje em dia todas podemos ser Atena, ou melhor, todas devemos ter Atena em nós, suas qualidades fazem parte integrante da mulher moderna, profissional, batalhadora, ambiciosa e inteligente.

Vejamos quais são as principais características de Atena:

  • Em primeiro lugar, ela é inteligente, sua função principal é a racional (“função pensamento”, na linguagem da psicologia analítica). Ela pensa muito mais do que sente, privilegia a compreensão racional e lógica das coisas e da vida e mantém sob estrito controle o emocional. Daí a égide que na mitologia ela carrega na frente do peito: é uma espécie de escudo que protege o coração, o peito, os sentimentos.
  • Portanto, Atena é objetiva, direta, clara. Sua mente é ágil, rápida. Toda sua energia está voltada à realização de fins proveitosos para todos. Sua mente é um instrumento eficiente de trabalho, bem oleado, treinado, a serviço de fins definidos e objetivos.
  • Atena não posterga, realiza. Faz. Seu pensamento está voltado para o cumprimento de suas metas, mesmo que elas sejam no plano acadêmico: seu pensamento tem a realidade social como referência, ponto de partida e de chegada.
  • Pois Atena tem como preocupação a coletividade: nela sobrevive o antigo sopro da Grande Mãe das culturas e dos povos voltados à adoração do princípio feminino. Mas a Mãe em Atena é uma mãe cultural: promotora do bem estar coletivo, da educação das crianças, da qualidade de vida da cidade, de valores civilizatórios, de maior bem estar e sucesso para todos. Sua visão é de conjunto, sua atuação é específica e pontual.
  • Ela está pronta para a guerra se for preciso, mas não ama a guerra. Sua mãe, engolida por Zeus antes que ela nascesse, é Métis, o “sábio aconselhamento”. Atena é a sábia conselheira dos que empreendem grandes feitos, dos corajosos, dos atrevidos heróis. Ela está ao lado das iniciativas profissionais, das novas idéias, dos projetos sociais, dos estudos e aprofundamentos, das pesquisas... Enfim, Atena é nossa força propulsora no mundo do trabalho e da cidadania.

A ATENA CONTEMPORANEA NO MUNDO DO TRABALHO

O que significa a presença de Atena no mundo do trabalho? Qual é o perfil da mulher-Atena? Do que necessita? Ela precisa de:


  • Aprender a definir metas e prioridades.
  • Desenvolver um pensamento lógico e estratégico para alcança-las.
  • Saber lidar profissionalmente com colegas (homens e mulheres).
  • Se aprimorar e atualizar constantemente.
  • Estabelecer um código de ética e persegui-lo.
  • Ser firme mas flexível.
  • Saber enfrentar desafios corajosamente.
  • Lidar com conflitos (e não acoberta-los) buscando soluções satisfatórias para todos ou para a maioria.
  • Saber assumir a liderança e/ou saber trabalhar em equipe.
  • Propor e implementar mudanças.

DIFICULDADES ATUAIS PARA A INCORPORAÇÃO DA ENERGIA DE ATENA


Tendo em vista a situação cultural e social na qual as mulheres vivem há séculos, as conquistas no mundo de Atena ainda estão para serem completadas e aperfeiçoadas. Existem algumas dificuldades que precisam ser superadas. Vejamos algumas delas:


  • a mulher ainda está dividida entre família e trabalho não conseguindo administrar satisfatoriamente esses dois âmbitos tão importantes de sua vida.
  • sua sensibilidade e sua afetividade nem sempre se combinam adequadamente com suas necessidades profissionais.
  • o emocional interfere com o desenvolvimento do pensamento lógico e com o estabelecimento de metas.
  • as relações profissionais se confundem pela presença de elementos advindos de outras esferas de sua vida e de sua personalidade.
  • o equilíbrio entre emoções e razão é muito delicado na personalidade-Atena, levando freqüentemente ao enrijecimento da postura e a uma dificuldade em estabelecer relações cordiais e amigáveis com colegas e até com amigos.
  • preconceitos culturais e hábitos atávicos ainda pesam sobre a mulher contemporânea impedindo-a de desenvolver a independência necessária, a ousadia nas idéias e projetos, a agilidade mental e a autonomia que caracterizam a deusa Atena.
  • a relação profissional com os colegas homens nem sempre é clara e isenta de ambiguidades  levando ou ao acuamento da mulher ou ao uso indevido de sua inata sensualidade e sensibilidade.
ATENA E AS OUTRAS


Como já disse, Atena representa um dos aspectos da energia feminina. Quais são os outros?


  • Afrodite, a deusa do amor e da beleza, doa sensibilidade e espontaneidade. Impulsiona o instinto sexual e procriador, estimula a sensualidade e toda a experiência do “aqui e agora”. Inspiradora das artes e dos processos criativos em geral, amplifica a percepção do momento e confere brilho especial a todas as relações.
  • Deméter, a deusa da maternidade e dos cuidados para com tudo que é pequeno, recém-nascido, carente, vulnerável e necessitado. Seu estilo maternal acalenta, nutre e promove. Generosa e pródiga, atua incansavelmente na direção do crescimento e da realização dos seres seja do ponto de vista físico que afetivo.
  • Hera, a deusa dos céus, poderosa e majestosa. Tutela o matrimônio e todas as relações institucionais. Forte e de vontade férrea, zela pela estabilidade e proteção da organização social. Confere autoridade e força de liderança em prol do bem estar da sociedade.
  • Ártemis, deusa da natureza virgem, atleta e ágil. Protetora dos partos e de todas as potencialidades que podem “vir a ser”. Incentiva a formação de movimentos femininos, desperta a consciência ecológica e dá as boas vindas às comunidades alternativas. Autônoma e independente, proporciona pensamento focado e determinação para alcançar objetivos e metas.
  • Perséfone, deusa do mundo avernal, dos sonhos e premonições. Orienta o pensamento intuitivo e sensitivo e a captação de todas as informações e realidades que estão além da consciência racional. Médium e mística, é a grande inspiradora e guia nos momentos de crise individual e coletiva, presidindo a todas as faces de transição e transformação.
  • Héstia, deusa do fogo sagrado que arde na lareira central da casa. Confere ordem, paz e alegria, dando vida ao “lar”, alma do espaço físico habitado pela comunidade humana. Proporciona sentindo e significado, é o ponto tranqüilo e quieto em meio ao movimento.


A ALIANÇA ENTRE AS DEUSAS


Como as qualidades das outras deusas podem promover o bem estar e a realização da mulher-Atena? Como cada uma das irmãs de Atena pode estar a seu serviço sustentando e não atrapalhando seu desenvolvimento?


  • Afrodite: o excesso ou o descontrole de Afrodite leva ao que facilmente pode-se imaginar: a mulher consegue espaço não pelos seus dotes intelectuais e sim pelos atrativos físicos. Mas Afrodite é importante quando sua energia é usada a fim de conquistar os outros tendo em vista objetivos e metas que beneficiarão todos. Afrodite é indispensável quando se quer ter relações mais agradáveis e humanas nos ambientes de trabalho, quando a beleza do espaço é entendida como um fator de bem estar, quando criatividade e o entusiasmo fluem livremente redundando certamente para uma melhor qualidade de vida organizacional e humana.
  • Deméter: até que ponto é correto, produtivo e sensato usar uma atitude maternal no trabalho? O excesso de Deméter ao invés de promover crescimento o limita e instiga ao acomodamento e à falta de disciplina. A escassez da energia de Deméter leva à falta de compreensão das reais necessidades alheias e mais uma vez a desumanização das relações. Deméter ensina a ter paciência, a ser tolerante, a respeitar as individualidades, a priorizar a pessoa acima de tudo. Deméter está interessada no bem estar dos que a rodeiam, sem o qual qualquer sistema coletivo murcha e adoece.
  • Hera: a grande deusa do poder ensina a lidar com o poder! Ser inteligente e capaz não é suficiente para o ingresso bem sucedido no mercado de trabalho. É preciso saber lidar com as relações estabelecidas e institucionais, com a hierarquia, com os jogos de poder e eventualmente saber modifica-los. Hera confere força de caráter e auto-estima suficientes para não ser atropelada e engolida por forças adversas, promove o estabelecimento de relações diplomáticas e estratégicas para a garantia e o fortalecimento das próprias posições.
  • Ártemis: todo jogo é um jogo, quem se identificar com ele também morre quando o jogo acaba. Ártemis nos dá o sentido íntimo de pertencermos no fundo só a nós mesmas, de nossa identidade feminina mais recôndita e livre de preconceitos e condicionamentos, do dever ser e mostrar. O retorno periódico a Ártemis é como um banho de cachoeira que renova nossas vidas, permitindo encontrar a coragem e a independência para modificar radicalmente algumas condições de nossa vida quando isso se torna necessário, além se nos sentirmos unidas e solidárias com outras mulheres e com a verdadeira natureza feminina.
  • Perséfone: fala-se muito hoje em inteligência emocional. Este é um campo novo para a mulher-Atena que, apesar de ser mulher e ter certa intimidade com sentimentos e emoções, centrou todas suas energias no campo racional. Perséfone traz compreensão em profundidade, habilidade nos relacionamentos naquilo que eles mantém de oculto e não dito. Sobretudo, ajuda a lidar com conflitos e mudanças que acarretam crise e desorientação, seja pessoal que profissional.
  • Héstia: nada melhor do que trabalhar em um ambiente agradável, confortável, gostoso. Se o trabalho tem seu ritmo, seu processo e seus objetivos, as pessoas também precisam de pausa, de descontração, de relaxamento justamente para melhorarem seu desempenho. Ambientes frios e impessoais acuam e intimidam. Luz adequada, cafezinho, chás, biscoitos, flores, cores, disposição do espaço: tudo o que transforma uma casa em lar, também cria uma sensação de bem estar e acolhimento no espaço de trabalho, condição promissora para o bom êxito de nossas atividades.
  • Reconhecer padrões de comportamentos em nós é o caminho para sua administração consciente. As forças dos arquétipos devem estar todas presentes. Cada uma de nós guarda em si sua receita exclusiva para a combinação dos elementos. Porém, assim como até no melhor dos doces sempre vai uma pitada de sal, é bom para o nosso equilíbrio psico-físico assumirmos e cuidarmos de nosso pantheon interior.

Fonte: http://www.empoderandoasmulheres.com

ARQUÉTIPO HERA (JUNO)

Deusa do patrimônio, mulher líder e governante, está sempre ligada nas questões de poder. Esta mulher independente se adapta às tendências. Por exemplo, essa mulher pode gostar de ficar em casa e cuidar de filhos e marido, ou sentir prazer em priorizar a carreira. Tudo vai depender de qual época ela está vivendo, já que segue os padrões sociais. Hera sente-se segura cumprindo regras e exige o mesmo de sua família.
Pelos amigos, é vista como uma grande mulher, alegre, ativa e inteligente, mas no ambiente familiar costuma ser bem autoritária. O objetivo de vida de Hera é casar e construir uma família. Também gosta de procurar pela pessoa parceira ideal, alguém poderoso, que inspire sua admiração.

A Hera que dá palpites, que recrimina, é aquela que não consegue assumir seu poder. Hera, a megera indomada! Indomada sim, pois ela quer seu legitimo espaço social, exige sua porção de céu que lhe foi tirada à força, pretende restituída sua realeza pisoteada, obstina-se em reclamar, pois não sabe ainda cobrar seus direitos. Bate boca e cria intrigas nos bastidores do poder, pois nega sua própria 
legitimidade. Sua memória foi corrompida por longos séculos de domínio masculino, sua auto-estima caiu lá no fundo do poço. Não acredita mais em si mesma, não confia no próprio cetro e sua coroa jaz esquecida num canto do porão. Como pode sentir-se verdadeiramente importante, merecedora e digna?

Ela que deveria proteger e nortear o conjunto social, tutelar pela conservação e saúde das instituições, zelar pelas escolas e pela retidão das relações sociais, ela não sabe mais como fazer isso. Acredita nos meios masculinos, baseados na forca bruta, na preponderância da razão do mais forte e não da Razão em si. Sua ética reduziu-se à ética das alianças convenientes, que são oportunas para quem? Para manter no poder os mesmos que lhe negam o poder. Ela, mais do que todas as outras deusas, traiu-se. De onde tirar hoje autoridade e direito sentindo-se esvaziada e anulada por dentro? Quanto mais comprometida com o patriarcado maior sua dependência dele e, portanto, maior sua fraqueza interior, e mais longe ela se encontra do âmago de seu ser feminino e da solidariedade com as outras mulheres. Ela, que deveria protegê-las e ampara-las, ela que era a grande mãe social, ela as traiu no exato instante em que renegou a si mesma associando-se a um poder opressor e discriminador.



fonte: http://www.empoderandoasmulheres.com

ARQUÉTIPO AFRODITE (VÊNUS)


Que deusa é você?


Deusa do amor, é romântica e adora vivenciar uma paixão. Gosta da beleza da vida e, de uma forma ou de outra, vai procurar se envolver com arte ou atividades que envolvam a beleza, como arquitetura, moda, artes cênicas e artesanato.Costuma envolver-se em intrigas amorosas, pois quando cede aos desejos da sua alma feminina, ela simplesmente quer se entregar à paixão, sem medir as consequências que isso pode trazer.
A mulher Afrodite costuma chamar grande atenção dos homens com a sua sensualidade natural, mas com isso também atrai a incompreensão das mulheres. Por isso, muitas vezes tem mais amigos do sexo masculino.

***

Afrodite perpassa tempos e condições; como diria a sociologia, em qualquer recorte de classe, gênero e raça podemos encontrá-la. Entretanto, seu espírito não se encaixa no sistema, ela é por natureza anti-sistema: não submete-se a regras alheias à suas próprias. Ao seguir seus instintos e sentidos, ela é, por princípio, infiel a limitações de ordem moral e formal. Sua exuberância é livre e soberana, na degustação do prazer dos sentidos, na alegria das paixões e no atrevimento das aventuras. A amoral Afrodite tem sua ética não no plano das estáveis, pesadas e duradouras leis, mas no suave estar no presente, na delicadeza e simplicidade de uma rosa numa sofisticada decoração floral, no cuidado sensual dos amantes, e no riso espontâneo das crianças.

Afrodite vive na impermanência tão essencial para nossas vidas, naquela leveza e beleza que encanta o coração, amansando–o, mesmo sabendo que não dura para sempre.
As aparências vazias de alma não abrigam a deusa. A forma perfeita e a estética por si só não a atraem: ausentes de brilho divino, são emulações fictícias que deixam o coração intocado. O controle excessivo sobre as formas entedia a deusa que se afasta. Encontramos Afrodite na experiência plena e risonha do corpo, no uso criativo, livre e sofisticado de seus sentidos. Ela está na audaz expressão do espírito encarnado, refletido nas artes, insinuações e ações, instrumentos a serviço da desregrada e intensa deusa dourada. É por ela que a carne, a matéria e as formas resplandecem, transbordando sua essência e beleza

Trecho extraído do livro: "Empoderando as Mulheres. As Deusas na Gravidez, Parto e Pós-Parto".

site:empoderandoasmulheres

ARQUÉTIPO HÉSTIA (VESTA)


Que deusa é você?


Irmã mais velha de Zeus. Ela vigiava e cuidava do fogo das cidades e do calor dentro das casas. Portanto, passou a representar o calor humano, o aconchego e a caridade.
As mulheres identificadas com ela são, geralmente, avessas às experiências eróticas e à vida matrimonial. Na Grécia era a protetora dos lares (Héstia era o nome dado à lareira doméstica) representante de um poder sagrado que unia as pessoas da mesma família, principalmente na sala de refeições. Não menospreza os homens, como Ártemis, e nem aprecia trabalhar ao lado deles, como Atenas. Mais amorosa que Afrodite e Deméter, ela devota-se totalmente a aspectos espirituais da existência. Durante muito tempo representou as mulheres solitárias e recatadas dedicadas à família de origem, que não contraiam casamentos. As Héstias modernas até se casam e quando isso acontece, elas comportam-se como esposas tradicionais, embora sejam diferentes de Hera, Deméter ou Perséfone. São elas que conferem a casa o nome de lar.
Não gostam de vida social e nem de chamar a atenção no mundo material. Sua forma de amar pode ser identificada com a caridade, que dedicam tanto aos membros de família, como à comunidade. Os melhores exemplos dessas mulheres são as missionárias, freiras dedicadas aos pobres e as enfermeiras dos hospitais de guerra.




ARQUÉTIPO ARTÉMIS (DIANA)



Que deusa é você?

Deusa da lua e da caça, filha de Zeus e Leto, irmã de Apolo. Guerreira, selvagem, racional, instintiva, representa a independência feminina. Ártemis, como Athenas não aprecia a vida matrimonial e despreza o casamento. É independente, aprecia a natureza e a vida simples. Na mitologia há uma passagem que narra a vingança da deusa contra Acteón, caçador que a surpreendeu nua banhando-se no rio. Irada, a deusa se transformou num veado. Mulheres com um forte perfil de Ártemis raramente se apaixonam e não necessitam da admiração masculina. Curiosamente, em alguns locais da Grécia antiga era reverenciada como deusa da fecundidade e do matrimônio. 
As noivas costumam consagrar-lhe uma mecha de cabelo e uma peça de enxoval em troca de proteção e fertilidade. Quando uma mulher Ártemis se casa com um homem carente ou dependente ou que não tenha a sua admiração, não é incomum assumir o comportamento parecido com o da deusa diante dos deuses masculinos.
Em geral não são fiéis, porém não desprezam a sexualidade, que muitas vezes se confunde com guerra ou aventura. As nativas dessa deusa gostam de medir forças com seus parceiros, tanto na vida pública como na cama. Com frequência, o amor de uma Mulher Ártemis é dirigido aos animais. Não é por acaso que Brigitte Bardot incorpora muito bem esse arquétipo.


ARQUÉTIPO DEMÉTER(CERES)

Que deusa é você?

Deusa dos cereais, colheita, nutrição, mãe de Perséfone. Deméter representa o arquétipo da nutrição e da maternidade por excelência.
Outras deusas foram mães na mitologia (Hera e Afrodite), mas o sentimento e a vocação maternais são atributos de Deméter.
Quando Perséfone foi raptada por Hades, Deméter procurou pela filha por todo o mundo durante nove dias e nove noites. Nesse longo período, não comeu, não bebeu, não se banhou e nem se enfeitou.
Mulheres Deméter normalmente gostam de se casar, são bonachonas, alegres e dedicadas aos filhos e aos netos. Generosas, carinhosas e extrovertidas, são mulheres que dão pouco trabalho. Não  tem tendência à ambição e à manipulação como Hera ou e à infidelidade e sensualidade como Afrodite.


ARQUÉTIPO PERSÉFONE - (PROSÉRPINA)

       Que deusa é você?


Superprotegida, filhinha da mamãe, almeja que um homem (de preferência um "príncipe") venha arrebatá-la para um vida de sonho e que proteja de todas as dificuldades.
       A maioria dos casamentos realizados na fase juvenil está relacionada com o arquétipo dessa deusa. A jovem Perséfone normalmente é vaidosa, desligada da vida real, pouco interessada nos estudos ou em uma futura carreira. Os psicólogos a identifica como médium e pessoa dotada de percepção. A Mulher Perséfone é facilmente identificada tem enorme prazer em ajudar o próximo. Quando têm uma atividade, é para passar o tempo ou ganhar algum dinheiro para as suas vaidades. Não são estáveis num emprego e nem se definem em uma atividade. Na escola e no trabalho esperam encontrar possíveis candidatos a marido. Porém, diferente de Hera, ela escolhe e não é escolhida.
      Perséfone representa a mais passiva das mulheres e quando abandonada ou desiludida, leva muito tempo para recuperar-se. Elas são meigas, obedientes, femininas, delicadas e imaginosas.
O Retorno de Perséfone
Pintura de Frederic Leighton, 1891


quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O que me motiva a escrever

 Atualizei o meu perfil e coloquei a essência do que me faz escrever. Pelo que percebo, é a essência de muitos dos amigos que passam por aqui.  então vou compartilhar o perfil atualizado aqui:



O que as pessoas chamam de aflição sem nome, eu chamo de saudade de si mesmo, sintoma muito comum em quem olha muito para o próprio umbigo e não enxerga nada além de desejos insaciáveis e infantis. 
O si mesmo que sentem falta ou muitas vezes ignoram faz parte da dimensão presente na alma capaz de oferecer algo de si para o mundo. Oferecer de maneira generosa, não porque se sente em obrigação, mas porque flui dentro de si um riacho de vida que os impulsionam  a realizações despretensiosas. 
Escrever, compartilhar momentos com pessoas e ter uma relação generosa com o mundo é o que faz de mim essa pessoa que encontrou pequena parte do próprio ser... Agora vejamos as surpresas que a vida me trará...


terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Em tempo de deusa mães colocam filhas em escola de princesa


Como estabelecer o papel da mulher na sociedade em pleno século XXI? Como saber o certo e o errado, o bom e o ruim, em um mundo cheio de contradições e preconceitos? Aqui nesse blog já se falou muito do posicionamento da mulher em plena sociedade, enquanto conquista o mundo dos negócios, da academia, da vida moderna, a mulher ainda patina em questões a respeito da sua individuação de gênero.
Em Uberlândia (MG) uma empresária abriu uma escola de princesas. As meninas aprendem regras de etiqueta, maquiagem, biografia de princesas pelo mundo afora. 
Será que na biografia a empresária pelo menos as previne contra a automutilação, as doenças de ordem alimentares?
A boa intenção da empresária acaba por colocar a mulher no papel daquela que sempre esteve na sociedade patriarcal: daquela que deve ser amável sempre, esperar pelo desejo do homem, maquiar-se e vestir-se adequadamente, sentar-se da maneira mais conveniente.
Todo pressuposto de uma sociedade que não deseja deusas e sim princesas a espera do príncipe.
"Crianças não deveriam ter preocupação nenhuma em obedecer a arbitrários padrões de beleza e papéis de gênero nem em atender a etiquetas comportamentais típicas de uma realidade incompatível com o seu tempo (século 21, época de hegemonia das repúblicas ditas democráticas, questionamento de tradições de desigualdade social e negação dos valores essenciais do Estado-nação) e espaço (Brasil, América Latina, distante das tradições das monarquias europeias). Atentar-se a esses costumes a tão tenra idade prejudica sua infância e anula sua vontade de ser criança e se comportar como tal. Por isso, a “escola de princesas” acaba tendo um papel ainda mais prejudicial na formação dessas garotas.
Isso torna muito discutíveis a perpetuação cultural da tradição de admiração dos padrões de beleza, riqueza material e comportamento das princesas de reinos da Europa medieval e moderna e também a adultização das crianças – e consequente inibição da infância em promoção de uma precocidade nociva. E ainda pode haver muito mais a se criticar sobre isso. Portanto, tal tema vem tendo, com toda razão, a atenção das feministas e também dos defensores dos direitos da criança e do adolescente."
O pior é que essa escola coloca as meninas à mercê da cultura europeia, tanto no vestir quanto no agir. Assista ao Vídeo.


Detalhes sobre a escola:



Sobre

A ESCOLA DE PRINCESAS foi criada para levar ao coração de meninas, valores e princípios morais e sociais que as ajudarão a conduzir sua vida com graça, sabedoria e discernimento.
Missão
A Missão da Escola é oferecer serviços de excelência que propiciem experiências de natureza intelectual, comportamental e vivencial do dia a dia da realeza, para meninas com idade entre 4 e 15 anos que sonham em se tornar princesas e fazê-las resgatar a essência feminina que existe em seus corações.
Descrição
Você não se torna uma Princesa simplesmente vestindo um vestido extravagante e uma tiara brilhante. Ser uma Princesa de verdade é ter a confiança para ser a melhor versão de si mesma.

Acreditamos firmemente que todas as mulheres são princesas e que podemos aprender a aplicar os atributos de caráter e comportamento de Princesa em tudo o que fazemos na vida. É sobre a tratar a todos com bondade e generosidade, ter valores e princípios imutáveis independentes de modismos, assim como acreditar apaixonadamente em si mesma e em seus sonhos. 

A ESCOLA DE PRINCESAS não é somente um curso de etiqueta ou uma escola de comportamento. Nós acreditamos na construção de um caráter sólido e incorruptível, resgatando os valores éticos e morais, na civilidade básica e queremos incorporar este pensamento (esta convicção) em nossos programas. 

A cada lição, as meninas são encorajadas a aproveitar as qualidades positivas do caráter e do comportamento de Princesas – tanto reais quanto fictícias, bem como históricas ou modernas - e aplicá-las em sua vida.


Referencias:

http://pt-br.facebook.com/pages/Escola-de-Princesas/481326408566485?sk=info
acertodecontas.blog.br
G1

sábado, 12 de janeiro de 2013

A deusa e o passado




"A vida só pode ser compreendida, olhando-se para trás; mas só pode ser vivida, olhando-se para frente. "

Soren Kierkegaard * um filósofo e teólogo dinamarquês. É considerado um precursor do existencialismo.



Passado.

Só tenho uma coisa a dizer: amigos, ainda bem que me avisaram. Hoje tenho ombros e minha resiliência para me apoiar, e o que é resiliência? Na área da psicologia a resiliência é usada como a capacidade do indivíduo adaptar-se de maneira positiva diante de situações adversas, mantendo seu desenvolvimento normal e recuperando-se dos efeitos estressores. Ou seja, a forma como cada um lida com situações como morte de uma pessoa querida, a separação, a traição de um parceiro, um assalto, um sequestro, um abuso sexual, uma perseguição racial, etc.

Esta qualidade de seguir em frente e sair fortalecido de uma crise tem feito com que a medicina se interrogue por que alguns são mais resistentes que outros. Tem sido detectado alguns fatores protetores como: os traços de personalidade; a maturidade; a capacidade de manejar as próprias emoções; a capacidade de lidar com ocorrências adversas e estressantes.

Ao aceitar as circunstâncias que não podem ser mudadas pode ajudar a concentrar-se sobre as que se pode alterar. O melhor é agir em lugar de se afastar completamente dos problemas, querendo que eles desapareçam. As pessoas podem aprender algo sobre si mesmas como resultado de suas lutas com perdas.
Desenvolvendo a confiança a auto-estima o bom humor em sua habilidade para resolver problemas e valorizar seus instintos que irá ajudar a construir a resiliência.
Resumindo, resiliência é a capacidade de psicoadaptação de cada ser humano. Adaptar a sua psique às mudanças da vida sempre com retorno positivo. Diz-se de que tem a resiliência: é uma pessoa resiliente. Sinônimo: resiliência.
Na mitologia encontramos a resiliência na história de Afrodite e Adônis que já contei aqui., encontramos também na história de Ártemis e Órion e tantas outras. 





Por fim, uma história para explicar bem como o passado impede nossa felicidade:


Numa cidadezinha do interior, uma professora estadual enviuvou de um conhecido vereador chamado Tobias, a quem amava muito. Os amigos do vereador fizeram uma “vaquinha” e deram de presente à viúva um austero busto de madeira com a figura de Tobias, que foi colocado solenemente na sala. Todos os dias a moça podia ser vista depositando flores na tumba do seu amado Tobias. E eis que começou a aparecer no cemitério outro viúvo, triste e enlutado, que perto da professorinha chorava também o seu amor perdido. As coincidências se repetiram. Eles fizeram amizade. A professorinha um belo dia foi seguida pelo seu triste companheiro de aflições até a casa onde morava. Convidou-o a tomar um cafezinho. Na sala o visitante encontrou o rosto de Tobias, que o fuzilava com seu olhar. As visitas se reiteravam. A amizade crescia. Mas entre os dois havia algo que os distanciava: era o olhar severo de Tobias. Um dia Maria — a empregada — disse que não podia fazer o café porque faltava lenha (a cozinha naquela casa antiga do interior evidentemente tinha fogão a lenha). Faltando lenha não haveria café; faltando café a conversa não se justificava… De repente a empregada ouviu uma voz cava que saía do fundo da garganta da professorinha:
“Maria, racha o Tobias!”
“Que disse a senhora? Que faça lenha com o busto de Tobias?”
“Isso mesmo!”, repetiu de forma incrivelmente decidida a professorinha. “Racha o Tobias!”
A partir daquele momento a sombra agourenta de Tobias desapareceu… A amizade virou namoro e o namoro, casamento.
Hoje se pode ver nessa cidadezinha do interior um casal muito feliz, que todos os dias à tardinha dá um passeio à beira do rio, acompanhado de uma criança, o seu filhinho, que alegremente corre por todas aquelas campinas. Essa história ficou para mim como um símbolo.
Poderíamos perguntar: qual é o seu “Tobias”? Qual é a sombra que paira na sua vida? Que mágoa, que decepção, que medo, que derrota o prendem ao passado? Que complexo, que nostalgia, que rancor, que frustração o impedem de correr agilmente para o futuro?
“Racha o Tobias!”, deveríamos ouvir gritar a nossa consciência.
Seremos ser jovens, não podemos carregar os mortos do passado. Jesus nos diz no Evangelho: “Deixa que os mortos enterrem aos seus mortos; vem e segue-me” (Mat. 8; 22).
“Racha o Tobias”, o “Tobias” que o está tornando um velho decrépito, e passa a viver livre dos fantasmas do passado (Rafael Llano Cifuentes, “85 Experiências sobre o Amor”).



terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Campanha do do Equador contra o machismo

Reacciona Ecuador, el machismo es violencia (guantes)

Tem um tempo que venho postando aqui no blog textos a respeito da questão da violência e do machismo. Mas, ao ver esse vídeo genial propagado pelo governo equatoriano resolvi compartilhar no blog. Por mim, pode ser visto até sem áudio porque as imagens já falam tudo.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

As migalhas do "padeiro"

"...A pessoa recém-separada é como um mendigo com chapéu na mão, necessitada de qualquer esmola e nesse momento a única coisa bem vinda são pessoas e situações que tenham uma intenção positiva, portanto evite pessoas tóxicas e que exijam demais de você... A probabilidade da pessoa recém-separada de se apaixonar pelo padeiro é alta. Até o pão de cada dia soa interessante num clima emocional de tempo fechado. Isso quer dizer que a chance de um relacionamento que começa imediatamente depois ou concomitante a uma separação tem grandes chances de ser fruto de desespero do que amor real. Alguns vão rebater esses argumentos dizendo que a história deles foi diferente e blábláblá. O fato é que alguém que acabou de sair de um velório simbólico não está com plenas capacidades mentais de amar o próximo. Até o coveiro fica charmoso nessa hora..."  
Psicólogo Frederico Matos em Carta aberta aos recém separados


      Hoje vou falar sobre o "relacionamento paliativo". Antes, o que é um paliativo? Segundo o dicionário on line de português, paliativo é um recurso empregado para atenuar ou adiar a solução de um caso. Porque então as pessoas recorreriam a um relacionamento paliativo? A resposta é simples. Para não enfrentar a sua fraqueza diante de uma decisão difícil ou enfrentar seus "demônios" depois de um relacionamento terminado. É mais fácil recorrer a um relacionamento "atenuante". 

    Geralmente quem embarca nessa canoa furada sabe do que se trata, ou pelo menos deveria. O problema é que pessoas recém saídas de relacionamentos estão carentes e são avassaladores em seus sentimentos. Mas estes relacionamentos não são confiáveis, pois são baseados em carência afetiva, não na vivência apaixonada.

     Como citado pelo psicólogo Frederico Matos, a probabilidade da pessoa recém separada  se apaixonar pelo padeiro até mesmo pelo coveiro sentimental não é inexistente, pois "alguém que acabou de sair de um velório simbólico não está com plenas capacidades mentais de amar o próximo". As chances desse "relacionamento" dar certo são pequenas, mas não são impossíveis desde que aconteça espaço para que ambos saibam o que realmente sentem e querem.
       A pergunta que faço é: seria um sentimento real? Ou seria uma maneira de não experienciar seu luto sozinho? Será que um recém separado seria uma pessoa aberta a emoções? Ou o enganador que se vitimiza para transformar em cinza o que... 

     Por vezes o "padeiro ou padeira" vem pior que a encomenda e o que era para atenuar o caso acaba sendo um complicador a mais. Assim, vamos relacionar as características dos  malfadados padeiros: não querem ser levados a sério, não querem compromisso, são mentirosos e querem compartilhar apenas migalhas. Não é muito inteligente aceitar migalhas de quem quer que seja, ainda mais de alguém que é sabidamente um paliativo! O ponto é que somos bem teimosos e na maioria das vezes não respeitamos os sinais óbvios dessa fase difícil e logo nos atiramos em histórias que parecem ser a resposta para nossa aflição. Na maior parte das vezes não é.