Assim era ele: afilhado do comum.
Acreditava que nada de especial no mundo podia ser realizado por ele. Por esse motivo, a mediocridade era sua marca registrada. Já não suportava olhar-se ao espelho todas as manhãs.
Contentava-se com o que lhe disseram e repetia sem a devida reflexão a frase de Schopenhauer: "A fé e o saber não se dão bem dentro da mesma cabeça - são como o lobo e o cordeiro dentro de uma jaula; e o saber é justamente o lobo, que ameaça devorar seu vizinho."
Assim, imerso em sua ausência de profundidade seguia sua vida, fazendo coisas comuns e ordinárias.
Nada de muito importante era lhe exigido, nada de muito extraordinário lhe acontecia.
Ao fim da vida, contentou-se por nada de ruim ter-lhe acontecido, porém começou também a lamentar o fato de não ter histórias para contar. E no alto de sua nostalgia colocou-se a pensar: e se... e se... e se...
Logo se cansou e desistiu. Chegou a conclusão que ideais não teriam-no tirado de seu céu vazio e vão.
Mas... E se?
"A vida é a arte de tirar conclusões suficientes a partir de premissas insuficientes." (anônimo?)
Oi, Deia.
ResponderExcluirTodo premissa é uma reticência que os covardes se recusam a percorrer.
Adorei a postagem.
Abraço!
Oi Will;
ExcluirSaudades da sua presença poética por aqui!!! Sempre com uma contribuição que chega a ser um update ao post. Seja sempre bem vindo!