quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Resposta ao Medíocre

Assim era ele: afilhado do comum. 
Acreditava que nada de especial no mundo podia ser realizado por ele. Por esse motivo, a mediocridade era sua marca registrada. Já não suportava olhar-se ao espelho todas as manhãs.
Contentava-se com o que lhe disseram e repetia sem a devida reflexão a frase de Schopenhauer: "A fé e o saber não se dão bem dentro da mesma cabeça - são como o lobo e o cordeiro dentro de uma jaula; e o saber é justamente o lobo, que ameaça devorar seu vizinho."
Assim, imerso em sua ausência de profundidade seguia sua vida, fazendo coisas comuns e ordinárias. 
Nada de muito importante era lhe exigido, nada de muito extraordinário lhe acontecia. 
Ao fim da vida, contentou-se por nada de ruim ter-lhe acontecido, porém começou também a lamentar o fato de não ter histórias para contar.  E no alto de sua nostalgia colocou-se a pensar: e se... e se... e se... 

Logo se cansou e desistiu. Chegou a conclusão que ideais não teriam-no tirado de seu céu vazio e vão.  

Mas... E se? 

"A vida é a arte de tirar conclusões suficientes a partir de premissas insuficientes." (anônimo?)



2 comentários:

  1. Oi, Deia.

    Todo premissa é uma reticência que os covardes se recusam a percorrer.

    Adorei a postagem.

    Abraço!

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    Respostas
    1. Oi Will;

      Saudades da sua presença poética por aqui!!! Sempre com uma contribuição que chega a ser um update ao post. Seja sempre bem vindo!

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