segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

As migalhas do "padeiro"

"...A pessoa recém-separada é como um mendigo com chapéu na mão, necessitada de qualquer esmola e nesse momento a única coisa bem vinda são pessoas e situações que tenham uma intenção positiva, portanto evite pessoas tóxicas e que exijam demais de você... A probabilidade da pessoa recém-separada de se apaixonar pelo padeiro é alta. Até o pão de cada dia soa interessante num clima emocional de tempo fechado. Isso quer dizer que a chance de um relacionamento que começa imediatamente depois ou concomitante a uma separação tem grandes chances de ser fruto de desespero do que amor real. Alguns vão rebater esses argumentos dizendo que a história deles foi diferente e blábláblá. O fato é que alguém que acabou de sair de um velório simbólico não está com plenas capacidades mentais de amar o próximo. Até o coveiro fica charmoso nessa hora..."  
Psicólogo Frederico Matos em Carta aberta aos recém separados


      Hoje vou falar sobre o "relacionamento paliativo". Antes, o que é um paliativo? Segundo o dicionário on line de português, paliativo é um recurso empregado para atenuar ou adiar a solução de um caso. Porque então as pessoas recorreriam a um relacionamento paliativo? A resposta é simples. Para não enfrentar a sua fraqueza diante de uma decisão difícil ou enfrentar seus "demônios" depois de um relacionamento terminado. É mais fácil recorrer a um relacionamento "atenuante". 

    Geralmente quem embarca nessa canoa furada sabe do que se trata, ou pelo menos deveria. O problema é que pessoas recém saídas de relacionamentos estão carentes e são avassaladores em seus sentimentos. Mas estes relacionamentos não são confiáveis, pois são baseados em carência afetiva, não na vivência apaixonada.

     Como citado pelo psicólogo Frederico Matos, a probabilidade da pessoa recém separada  se apaixonar pelo padeiro até mesmo pelo coveiro sentimental não é inexistente, pois "alguém que acabou de sair de um velório simbólico não está com plenas capacidades mentais de amar o próximo". As chances desse "relacionamento" dar certo são pequenas, mas não são impossíveis desde que aconteça espaço para que ambos saibam o que realmente sentem e querem.
       A pergunta que faço é: seria um sentimento real? Ou seria uma maneira de não experienciar seu luto sozinho? Será que um recém separado seria uma pessoa aberta a emoções? Ou o enganador que se vitimiza para transformar em cinza o que... 

     Por vezes o "padeiro ou padeira" vem pior que a encomenda e o que era para atenuar o caso acaba sendo um complicador a mais. Assim, vamos relacionar as características dos  malfadados padeiros: não querem ser levados a sério, não querem compromisso, são mentirosos e querem compartilhar apenas migalhas. Não é muito inteligente aceitar migalhas de quem quer que seja, ainda mais de alguém que é sabidamente um paliativo! O ponto é que somos bem teimosos e na maioria das vezes não respeitamos os sinais óbvios dessa fase difícil e logo nos atiramos em histórias que parecem ser a resposta para nossa aflição. Na maior parte das vezes não é. 
    






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